Terminado o meu processo de RVCC secundário, quero deixar aqui o meu testemunho, começando por dizer que foi o melhor empreendimento em que me lancei nos últimos tempos.
Toda a minha vida fui um autodidacta e por isso mesmo sei reconhecer o papel insubstituível de mestres e professores. Sei bem o que custa estudar sem o seu apoio, muitas vezes ao abordar matérias novas a nossa compreensão esbarra em pequenos obstáculos que são barreiras que nos retardam e limitam na senda dos objectivos pretendidos, com a sua ajuda estes são mais facilmente ultrapassados.
Todos os dias tenho de estudar ou investigar algo de novo, é como se fosse uma droga para o espírito, uma ânsia insana de ultrapassar os mistérios que nos rodeiam e reduzem, por vezes faço-o duma forma aleatória e desordenada; uma nova palavra, um acontecimento em qualquer parte do mundo, uma nova descoberta da ciência e da tecnologia, um novo achado arqueológico, são o rastilho suficiente para investigar e querer saber mais sobre o assunto.
Este processo foi para mim o catalisador que me levou a fazer aquilo que já fazia mas desta vez duma forma metódica e orientada, que me transportou ao âmago de ciências como a Astronomia, a História, a Filologia e tantas outras, com a ajuda das formadoras, que me lançaram o repto, me estimularam e acompanharam de forma a atingir com facilidade os objectivos.
Quando comecei este processo, a Dr.ª Mafalda informou-me que o referencial era composto de 22 Núcleos Geradores, cada um com 4 DR’s (Domínios de Referência), cujo produto dava o número máximo de créditos que se podia alcançar, mas para obter a certificação total, bastaria obter metade. Repliquei que se me dessem tempo e tivessem a paciência de me acompanhar, iria esforçar-me por alcançar os 88 créditos.
E foi assim, de objectivo em objectivo, de degrau em degrau, que tive a imensa alegria, na presença da minha esposa que assistia à sessão de júri, de ouvir a Prof. ª Isabel Moniz declarar que pela primeira vez o Referencial era pequeno para conter as evidências de tudo o que eu conhecia e sabia fazer.
Foram muitos os temas que abordei, investiguei e me deram o que posso chamar de intenso prazer intelectual. Só para citar alguns: a História e Formação da Língua Portuguesa, que me levou a mergulhar profundamente no passado em busca das suas origens e em pesquisar até 7000 a. C., a Astronomia, que me levou a recordar, aprofundar e consolidar conhecimentos já anteriormente adquiridos, como “Os Buracos Negros e a sua singularidade”, sobre Saúde, em que escalpelizei a Doença de Alzheimer, do que elaborei um folheto mensagem, e tantos outros temas que me deliciaram estudar, mas que seria fastidioso aqui enumerar atendendo à exiguidade do espaço posto à disposição.
Para finalizar, quero deixar aqui uma palavra de incentivo aos novos formandos, que não tenham receio de aceitar os desafios, o percurso pode ter escolhos mas esses só servem para estimular e evidenciar as nossas capacidades intrínsecas que de outra forma nunca se revelariam. Para concluir, direi que estão em boas mãos, pois as formadoras condensam em si todos os ingredientes necessários para vos conduzir ao “bom porto” da certificação.
Um formando do RVCC
Ilídio Valente
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