29.10.10

Alice Vieira, escritora conhecida sobretudo pelos seus livros para jovens, este ontem na Biblioteca da nossa Escola, para uma tarde de conversa com alunos e professores. Foi, sem dúvida, um prazer viajar com a autora por memórias de vida tão saborosas e poder conhecer um pouco mais sobre a origem de muitas das suas obras.

"Recebeu em 1979, o Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança com Rosa, Minha Irmã Rosa, em 1983, com Este Rei que Eu Escolhi, o Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura Infantil, e em 1994 o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra. Foi indicada, por duas vezes, como candidata portuguesa ao Prémio Hans Christian Andersen. Trata-se do mais importante prémio internacional no campo da literatura para crianças e jovens, atribuído a um autor vivo pelo conjunto da sua obra.

Alice Vieira é uma das mais importantes escritoras portuguesas para jovens, tendo ganho grande projecção nacional e internacional. Foi igualmente apresentada por duas vezes, como candidata ao ALMA (Astrid Lindgren Memorial Award).
Em 2007 recebeu o Prémio Literário Maria Amália Vaz de Carvalho pelo seu livro de poesia Dois Corpos Tombando na Água."

Para saber mais: Blog

28.10.10

Fez-se magia...

Era uma vez um sótão encantado repleto de magia à espera de acontecer, latente,... ansiosa,... noite adentro.

Era uma vez uma feiticeira, que vestida de negro fazia magia branca, daquela que abre sorrisos, e rouba dos rostos o passar do tempo.

Chegou-se a hora, fez-se o momento. Numa dança inebriante de gestes e frases ditas, leram-se histórias sem ver a tinta com que foram escritas.

Contadas, fugidas dos livros, livres de estarem contidas, abraçaram quem esperava estranha forma de feitiçaria.

E rabearam por entre a gente, engraçadas, atrevidas, consentidas; despertaram sorrisos, gargalhadas, dúvida, e tons de espanto; acima de tudo, trouxeram encanto; fez-se magia.

Sandra Amado
Formadora de CLC - LE

27.10.10

Era uma vez...




Devagarinho, meio receosos e curiosos ao mesmo tempo, fomos entrando. Espalhados por todo o espaço da Biblioteca, livros de lendas e contos chamavam-nos para um mergulho pela história de povos conhecidos e outros nem tanto. Dava-se as boas-vindas aos já habituais participantes, recebiam-se outros, na expectativa de que gostassem e voltassem. As crianças começaram a saltar pelas cadeiras e a perguntar, ansiosas "Mãe, quando é que se conta a história?"... Havia cabelos brancos também, avós habituadas a contar histórias e a deliciar-se com as memórias que elas traziam. E jovens, e adultos, pessoas de idades muito diferentes... Afinal, todas as idades são boas para contar e para ouvir histórias...

De repente, a Biblioteca encheu-se de gente, de vozes, de sorrisos, de sussurros... Vamos começar. Ajeitam-se as cadeiras, ouve-se um silêncio expectante. Primeiro a importância das lendas e dos contos na construção da memória de um povo. Características, curiosidades e alguns exemplos divertidos e comoventes, na voz da professora Margarida Meneses, encantaram-nos e prepararam o cenário para o segundo acto.

A contadora de histórias Mónica Silva convidou-nos para entrarmos no sótão e... surpresa das surpresas... começaram a sair histórias do grande baú de madeira! Os nossos olhares não escondiam o encanto e os sorrisos eram incontroláveis, transformando-se muitas vezes em sonoras gargalhadas. Todos fomos envolvidos por um espírito de magia e de regresso à infância.

No final, o chá quentinho aconchegou-nos para o regresso a casa. Até breve, prometemos voltar, foi muito bom...

Nota: Gostaríamos de agradecer toda a colaboração da Biblioteca Escolar do Agrupamento (Ansião e Avelar), da Biblioteca Municipal, muito especialmente da Mónica Silva, dos Cursos EFA e de todos os adultos que, mais uma vez, nos fizeram companhia nesta actividade. Bem-haja a todos!

21.10.10

Há dias especiais...

Chegou finalmente o dia que a adulta Alda Lopes tanto ansiava! Depois de meses de esforço, finalmente a justa recompensa! A apresentação que realizou no dia de júri espelhou o empenho, a dedicação e o sentido ético com que sempre nos brindou ao longo do processo. Além do mais, é de ressaltar o facto de ter dedicado a sua apresentação à colega Alice Margarido, com a qual fez o processo RVCC de 9º ano, e que faleceu em Julho passado. Segunda a Alda a Alice era uma mulher de coragem e com muita vontade de aprender.
Por sua vez, a adulta Lena Murça após a realização de um processo RVCC resolveu, em conjunto com a equipa, que seria preferível continuar o seu percurso de qualificação através de um Curso EFA por forma a adquirir mais conhecimentos e competências.



Parabéns às duas pela demonstração que “Aprender Compensa”!
A Profissional RVC
Cláudia Branco

19.10.10

E do meio do nada nascem...


...momentos de magia!
Vamos ter connosco uma Contadora de Histórias,
para dinamizar a nossa Tertúlia.
Quem será que vamos encontrar no sótão da Biblioteca?...
Tragam os filhos, os pais, os avós...
mas venham passar connosco este serão mágico, num sótão "à antiga"...

15.10.10

"Quem conta um conto..."

Antigamente, as pessoas, nos seus serões, contavam histórias irreais ou verídicas, pois não tinham outra diversão. Geralmente essas histórias eram contadas à lareira.
O conto popular teve origem não nas camadas mais cultas da sociedade, mas sim no povo. Talvez venha daí o facto de não ser escrito, pois as pessoas geralmente não sabiam ler.
As pessoas mais velhas são os agentes de transmissão do conto. São elas que, normalmente, transmitem esses contos aos seus netos. Assim, o conto vai de geração em geração e muitas vezes é alterado, pois "quem conta um conto acrescenta um ponto".
O conto é, pois, uma narrativa com raiz na tradição oral. O seu relato ocorria, em geral, num ambiente comunitário, ao serão.

Texto aqui.

A preparar mais uma Tertúlia... A lenda de Ansião

Falta uma semana para a nossa III Tertúlia Literária. Sendo esta dedicada às Lendas e Contos Tradicionais, não poderíamos deixar de fazer referência à lenda medieval que se diz ter dado origem ao nome da vila de Ansião...

Por Ansião passava a antiga estrada real que ligava Coimbra a Lisboa. Consta que andava um velho muito pobre, o ancião pelo qual a terra ficou conhecida, a pedir esmola por estas paragens, quando a figura da Rainha Dona Isabel, abeirando-se dele, lhe tributou uma generosa esmola.

Em breve se propagou a notícia, tendo acorrido a este local inúmeras pessoas com a esperança de também serem contemplados com os favores da rainha.

Esta é, sem dúvida, uma lenda lindíssima, que se encontra retratada num magnífico painel de azulejos no centro da vila.

Esperamos contar convosco para a partilha de outras lendas e contos que passam de geração em geração através da tradição oral...

1.10.10

III Tertúlia Literária - 22 de Outubro

O Outono já chegou e, com ele, as noites mais frescas, a pedir uma manta sobre as pernas. Chegam também, devagarinho, os dias mais pequenos. Há menos trabalho no campo e no jardim e reunimo-nos em casa com a família. Ainda não se acende a lareira, mas em breve lá chegaremos... Este tempo faz lembrar aquele que se passava ao borralho, em família, a ouvir as histórias dos avós. Havia sempre alguém com um jeito especial para nos prender a atenção e tornar mágicos os acontecimentos muitas vezes banais, do dia-a-dia. É precisamente para revivermos esse tempo, que os computadores e as televisões vieram apagar, que servirá a nossa III Tertúlia Literária, desta vez dedicada às Lendas e Contos Tradicionais. Vamos ter muitas surpresas boas e... muitas histórias, nossas e vossas, num serão partilhado como aqueles a que já nos habituámos.

Esperamos por vós "à lareira", meio improvisada, na Biblioteca Escolar, no próximo dia 22 de Outubro, às 20h. E tragam a família, filhos, pais, avós, todos são bem-vindos!


Agradecemos confirmação até dia 15 para o e-mail: cnoansiao@mail.telepac.pt